domingo, 29 de junho de 2008

Soturno


Dizes que sou insano
Retruquei-lhe com atos
Lúcidos, mas desesperados
De fatos contidos
Que avassalam com força
O meu cotidiano

Indiferente das palavras que digo
E dos sentimentos divagados
De frieza gerou meu corpo inerte
Escutando aquela música
Arranhada num violão
Desafinado e renitente

Sinistramente ecoado no vazio
Letradas por um poeta caótico
Cantando soturno e distraído
Insistindo em dizer o porque
De quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Davi “El Brujo™”

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