Como o vento que sopra
Balançando as tenras folhagens
Do sol que bate em minha pele
Assimila a sua energia
Marca sua presença sem ser visto
Como a magia da natureza
Caótica e exasperada
Lança os raios das nuvens que se chocam
Derrubam as águas em gotas
Marcam chuvas como orgasmo
Como o corpo deseja o outro
Com uma fúria arrasadora
risquei suas costas com unhas
desejei ouvir o seu grito de dor
Queimei o seu corpo com meu suor
Como dizem as línguas ferinas
Basta um segundo de insensatez
Para entregar-se ao obsceno
Rasgada inteira estocada
Em suas entranhas íntimas
Como um pirata, desejei-te
Invadi o seu ventre com meu sabre
Provei o seu doce e seu sangue
Menina mulher a sofrer sem dor
Pelo fogo do seu ardor
Como um bruxo ensinei-te
Fiz-te discípula de minha magia
Em breves minutos tornamo-nos um só
Recebemos da natureza a chuva
Para semear a semente na terra
Davi “El Brujo™”
sexta-feira, 13 de junho de 2008
A Semente e a Terra
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