Dizes que sou insano
Retruquei-lhe com atos
Lúcidos, mas desesperados
De fatos contidos
Que avassalam com força
O meu cotidiano
Indiferente das palavras que digo
E dos sentimentos divagados
De frieza gerou meu corpo inerte
Escutando aquela música
Arranhada num violão
Desafinado e renitente
Sinistramente ecoado no vazio
Letradas por um poeta caótico
Cantando soturno e distraído
Insistindo em dizer o porque
De quais são as palavras
Que nunca são ditas?
Davi “El Brujo™”
domingo, 29 de junho de 2008
Soturno
Postado por Davi "El Brujo" às 19:36 0 comentários
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sábado, 28 de junho de 2008
"Courrier Életronique"
Nos impulsos luminosos
Refratam nos rostos azulados
Serperteiam em luzes multicores
Reluzem em feixes eletromagnéticos
Formando figuras de longe trazidas
Dos estranhos seres inertes
Diante da tela breveluz
De sentimentos que vem e vão
Pela frieza do computador
Viajam a alma ao longe enviada
Das Senhas alfanuméricas
O correio eletrônico desenha
As letras que bailam nas mensagens
Refletem as boas novidades
E o sentimento correspondido.
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 20:28 0 comentários
Marcadores: Poemas
Sal
Em minha ferida aberta jogaste o sal
Agora impingido pela água
Pairada no ar embora pura
O corte volta a sangrar
As chagas voltam arder
Manchaste o meu céu
Antes azul e luminoso
Agora cinza e sombrio
O sol agora não brilha
As tempestades castigam o solo
Aceitaste a prenda alheia
Envaideceste por elas
Zombaste de meu espírito
Desprezaste a minha alma
Que agora se calou magoada
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 20:22 0 comentários
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quinta-feira, 26 de junho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Um presente de Amiga.
Essa ilustração foi presente de uma amiga, que diga-se de passagem é muito especial...Obrigado Maria! Adorei!
Postado por Davi "El Brujo" às 15:08 0 comentários
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terça-feira, 24 de junho de 2008
Não fale Agora...
Não fale agora...
Não quero saber
Dos seus defeitos
E nem mostrar os meus
Sentir desejos
Não fale agora...
Quero viver este momento
Onde seu corpo
Está entrelaçado ao meu
Peles enrubescidas
Não fale agora...
Sintamos o nosso suor
Ouçamos os nossos gemidos
Sintamos os corações acelerados
Afagar seus beijos
Não fale agora...
Neste nosso mundo
De dois tornarmos um só
Abraços, beijos, corpos a se contrair
Um mundo explodindo em gozo.
Não fale agora...
Adorar e tocar nossos corpos
Deixemos o mundo lá fora
E façamos dessas quatro paredes
Por hora nosso mundo.
(Davi “El Brujo™”)
Postado por Davi "El Brujo" às 19:31 0 comentários
Marcadores: Poemas
Ilusão III
Paixão e ilusão...
Paixão vivida
Ilusão dissolvida...
Ilusão resolvida
Paixão perdida...
Chão de estrelas desfeito
em nuvens de tempestade tropical
Cai do alto para o infinito nos ares
Evapora-se com o calor do sol
Transforma-se em uma nova paixão...
Transforma-se em uma nova ilusão...
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 19:28 0 comentários
Marcadores: Poemas
Sempre Querida
"Sempre Querida
Simplesmente Amada
Egoísmo de minha parte
não dizer e nunca demonstrar
Que amo você,
Que desejo você...
É o que consigo pensar...
São meus sentimentos...
E o vazio que toma conta aqui dentro,
Por cada lágrima derramada sua...
Mesmo que tardiamente,
Jamais te esqueceria.
Metades, a sua e a minha,
Ligadas por grilhões."
(Davi "El Brujo™")
Postado por Davi "El Brujo" às 18:22 0 comentários
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quarta-feira, 18 de junho de 2008
Arco-Íris
Vejo os caminhos
Escritos nas pedras da vida
E o destino nas areias do tempo
caminha a alma vadia
A Flutuar nos céus
Como espírito nas águas da chuva
Reticuladas em gotas que caem
Precipitação feroz ao solo
Reluzem ao sol aquela aura
Que rodeia os seres com suas cores
Findando-se no firmamento
Davi “El Brujo ™”
Postado por Davi "El Brujo" às 21:48 0 comentários
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Pensamento do dia - Pedras e Areia
"Tenho os meus caminhos escritos nas pedras da vida e o meu destino nas areias do tempo." (Davi "El Brujo™").
Postado por Davi "El Brujo" às 21:43 0 comentários
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sexta-feira, 13 de junho de 2008
A Semente e a Terra
Como o vento que sopra
Balançando as tenras folhagens
Do sol que bate em minha pele
Assimila a sua energia
Marca sua presença sem ser visto
Como a magia da natureza
Caótica e exasperada
Lança os raios das nuvens que se chocam
Derrubam as águas em gotas
Marcam chuvas como orgasmo
Como o corpo deseja o outro
Com uma fúria arrasadora
risquei suas costas com unhas
desejei ouvir o seu grito de dor
Queimei o seu corpo com meu suor
Como dizem as línguas ferinas
Basta um segundo de insensatez
Para entregar-se ao obsceno
Rasgada inteira estocada
Em suas entranhas íntimas
Como um pirata, desejei-te
Invadi o seu ventre com meu sabre
Provei o seu doce e seu sangue
Menina mulher a sofrer sem dor
Pelo fogo do seu ardor
Como um bruxo ensinei-te
Fiz-te discípula de minha magia
Em breves minutos tornamo-nos um só
Recebemos da natureza a chuva
Para semear a semente na terra
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 18:08 0 comentários
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quinta-feira, 12 de junho de 2008
Campo Desertificado
Reflexão da minha alma.
Pelo meu sofrido cantar
É injusta e fria
Condena-me a me conter
Pela vida e por viver
O campo desertificado
onde outrora era verde
Emigrou à aridez
Ausência a mim mesmo
pela província de minha alma
Semeada de rancor
Ausência do amor
E a Presença da dor
Davi "El Brujo™"
Postado por Davi "El Brujo" às 20:16 0 comentários
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Inquietude
Eu não sinto esta dor
Vendo você adormecer
Vi a sua inquietude
Curada pelo veneno
Jogado aos seus ouvidos
Pela minha voz indecente
Fez das palavras, sedução!
Dos meus atos, sofreguidão!
Dilatadas de um desejo insano
Deixar as minhas marcas
Unhas e lábios
Corpos dilacerados
Gemidos abafados
Pelos nossos beijos
Adentrar nossos espaços íntimos
No meio de uma madrugada vadia
Onde a lua parece testemunhar
Nosso doce pecado
A me embriagar com seu sabor
E apaziguar a sua inquietude
(Davi “El Brujo™”)
Postado por Davi "El Brujo" às 19:54 0 comentários
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quarta-feira, 11 de junho de 2008
Aplaca-me
Segredo da essência humana...
Presente do espírito
Persegue o coração
Por pedregoso caminho
Apóia árida jornada
Meus pés nus
Cortados pelas pequenas pedras
Atormentam-me os espíritos
Endurece a jornada
Repleta de obstáculos
Entremeadas por grandes pedras
Servem-me de apoio
Iça-me, Aplana-me!
O caminho para o céu
Aplaca-me a dor da alma
(Davi "El Brujo™")
Postado por Davi "El Brujo" às 18:15 0 comentários
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Vertentes Torrentes
As Serenas vertentes
Dos orvalhares aderentes
Nas folhagens rentes
Em manhãs recentes
Despertam quentes
Com tempos reticentes
Sol e Calor retirantes
Aos vapores pendentes
De águas pungentes
Nuvens cinzas recentes
Despencam inerentes
Em chuvas torrentes
(Davi “El Brujo™”)
www.recantodasletras.uol.com.br/poesiastranscendentais/787697
Postado por Davi "El Brujo" às 18:00 0 comentários
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sábado, 7 de junho de 2008
Conspiração
Conspirados pela natureza
Tão bela quanto sábia
Sempre justa e nunca sombria
Crava os caminhos
No céu infinito
Com uma estrela cadente
Resplandece no Céu
Riscando o azul
De um cenário humano
Mágica! Uma nova era
De anjos caídos
Semelhantes de nosso criador.
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 10:35 6 comentários
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União D'almas
São Sinistros
Os obscuros caminhos
Dos amores incertos
Serpenteados serenamente
Desfazendo-se em acidentes
Destroçados opinados
Por corações partidos
Incautos da cura
Ido ao infinito
Morto enfim
Refeitos salvados
Raros em emoção
São destros
Os restos de almas
De corretos amores
Precipitam-se brilhantes
São estrelas cadentes
Que reluzem descendentes
Aos pedidos suplicados
Por união d’almas!
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 10:21 0 comentários
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Foram rosas
Aquela ternura no olhar
Vividas nos amores perenes
Sombrios seriam
Dum romance ardente
Nos efêmeros meses
Dos voláteis anos
Inseridos em décadas
Passa carro, passa avião,
Passam as pessoas
Mãos dadas com o destino
Consomem-se as vidas
Em seu ciclo
De dois corações
Que se fizeram um só
Amor oculto de ódio
Amor ingrato, ligados!
Intempestivamente paralelos
Ao vento que chega
Rápido e forte
Ao Jardim da vida
Quando as rosas que restam
Destroçadas ao redor
Pétalas espalhadas ao chão
Desprendidas do botão
Do topo do caule
Emoldurado de espinhos
Sem saberem que
Um dia foram rosas...
Davi "El Brujo™"
Postado por Davi "El Brujo" às 10:07 1 comentários
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sexta-feira, 6 de junho de 2008
Voando
Estou voando...Voando aos ares
Sem eira nem beira
No alto e ao redor
Das árvores Intrínsecas...
Oscilantes ao Vento
Estou voando...Cercando o vento
De olhos fechados
No ar circulado
Das nuvens disformes...
Mescladas ao azul
Estou voando...Olhando do alto
Sem vertigens nem medo
Por cima do Planalto
Dos pastos Verdes...
Ponteados a relva
Estou voando...Vislumbrando o horizonte
Sem limite e longínquo
Ao por do sol alaranjado...
Aos poucos tragado
Pela paisagem
(Davi “El Brujo™”)
Postado por Davi "El Brujo" às 22:31 1 comentários
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Beijocas
"Coro-me pelas suas beijocas
das coisas boas
Inocência e pureza...
Um querer bem
de frequências vagadas pelo ar
De uma anteninha
Que capta pelo ar
O carinho soprado aos ventos"
Davi "El Brujo™"
Postado por Davi "El Brujo" às 22:25 0 comentários
Marcadores: Poemas
Alfabeto Eletrônico
Ficar sem palavras
emudecendo a emoção
Enquanto os dedos
perambulam por sobre o teclado
Alfabeto eletrônico
Sem cores, disformes
sincronizadas ao sentimento
sintonizadas ao brilho do monitor
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 22:14 0 comentários
Marcadores: Poemas
Simplesmente Mulher
Mágico início
Na figura da mulher
És Fada, és fera,
Deu-me vida
Vi as vontades
Vejo as virtudes
Pelas ruas da cidade
Ensandecida, pelos olhos.
Femininos, puros e ferinos.
Personagem histórico
Como a cobra e a maça
És mãe, és filha e és mulher!
Simplesmente mulher
Investida aos seus sonhos
Sem culpa, sem vida vivida.
No fogo dos seus olhos
É o triste brilho
De uma poesia soturna
Uma lágrima de orvalho
Que dilacera-lhe a alma
Dividida como é de fato
Vegetal vermelho de sangue
Como a rosa bela
Linda, sedosa e frágil.
Desabrochada em botões
Defendida pelos espinhos
Vivendo pela beleza
De ser simplesmente mulher.
(Davi “El Brujo™”)
Postado por Davi "El Brujo" às 22:07 0 comentários
Marcadores: Poemas
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Brilho Noturno
Ser um sol ardente...
Simples de cara
Nenhum coração
escandalosamente nu
para saciar a teu desejo
acalmar sua paixão
em mim tatuada...
Serás a minha lua por esta noite,
A brilhar tímida, mas raivosa
A devassar meu íntimo
Neste céu de estrelas
Arrasando-me num beijo
Corações que disparam
Invadidos sem razão
Por violência e paixão
Que em mim ficou escancarado
Somos o fogo e a inocência
queimamo-nos sem perdão
porém não serei teu sol brilhante
nem terei mais seu luar
só preciso que me acendas
e em minha indecência
Mostrarei-te minha luz
Resplandeço em você
Para brilhar esta noite.
(Davi “El Brujo™”)
Postado por Davi "El Brujo" às 23:19 1 comentários
Marcadores: Poemas
Anteninha (Hai-Ku)
O amor é freqüência solta pelo ar
Vaga livre a procurar
Uma anteninha que o queira captar!
(Davi "El Brujo™)
Postado por Davi "El Brujo" às 23:13 0 comentários
Marcadores: Hai-ku
Vontade de Te Amar
A decepção e o vazio,
De querer o seu corpo,
Porque eu não tenho teu cheiro
Porque eu não tenho teu gosto
E grito teu nome.
Já pedi, já tentei, implorei,
Ao meu coração maltrapilho.
Não me entregues assim!
Dores de uma saudade,
Nefasta sensação.
Momentos que passaram,
Lembranças dos orgasmos,
Atirados à cama,
Ardor de amores explorados,
A explodir o gozo.
Saciando os desejos,
Um no outro contido,
Os corpos suados,
Espasmos sem dor
Êxtase sem fim.
Explorar seu corpo,
Os pontos mais delicados,
Lábios a se tocar,
Buscando com as carícias,
Um ao outro saciar.
Fuga do normal,
Num mundo irreal,
Meu mundo e o seu
Deleitar-se em seu corpo
E o teu cheiro tão presente.
Mas não estás aqui,
Tomas conta do meu corpo
Loucura e lembranças,
Vazio da tua falta,
E a vontade de amar.
Davi “El Brujo™
Postado por Davi "El Brujo" às 23:08 1 comentários
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Palavras do Coração (Hai-Kai)
Gosto do gênero Hai-kai...Não tenho muitos porque ainda estou aprendendo a dominar essa arte...
Palavras do coração
Desenhadas pelas mãos
Feito água escorrendo pelos vãos
(Davi “El Brujo™”)
Postado por Davi "El Brujo" às 23:03 0 comentários
Marcadores: Hai-kai
Natureza Raivosa
De um céu cinzento
Águas Raivosas
Caíram furiosas
Das nuvens cinzentas
De raios serpenteados
Em meio aos clarões no céu.
Explodiram no solo
Partiram a vegetação
Levada ao longe.
Por águas torrentes.
Com a sua força
Arrasou a terra.
Em corrente furiosa
Devastou o solo
Com insensatez.
A água...
Que outrora era vida
Trouxe a natureza rancorosa
Desta vez tempestuosa
Trouxe a destruição
E a desolação.
Davi “El Brujo®”
Postado por Davi "El Brujo" às 22:47 0 comentários
Marcadores: Poemas
Centro
Centrar-me naquilo que vivo,
Diariamente e noturnamente,
Em tudo que acontece de bom ou ruim,
Naquilo que erramos e que acertamos,
Dos males que causamos
E do bem que proferimos
Viver da saudade passageira
De um coração a flor da pele
Em instantes emergergentes
Tempo precioso lembramos
Das pessoas que nos importam
Se vivem ou morrem
Davi "El Brujo™
Postado por Davi "El Brujo" às 22:39 0 comentários
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terça-feira, 3 de junho de 2008
Desejo Afoito
Afeito à ferida
Desfecho de trecho
Das palavras desfeitas
As promessas rejeitas
Do desejo perfeito
Rejeito seu jeito
Com a decepção que destrói...
Do Trejeito contido
Do carinho brejeiro
Nas Lágrimas caídas
Das almas chuvosas
Misturam-se nas lamas
Das entranhas abertas no solo
É insano o seu olhar
Com uma paixão que retrai...
De um retrato falado
Desenhado de histórias
Daquele beijo roubado
De uma compaixão mundana
Daquela vida secreta
Lembranças do seu corpo
Que um dia com amor possuí.
Davi “El Brujo®”
Postado por Davi "El Brujo" às 20:16 1 comentários
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O Gato Preto
Cenas de um domingo
De ar parado, tedioso
Das folhas verdes vistosas
Vislumbradas pela janela.
O gato preto
Dorme preguiçosamente
Sobre a cama, tranqüilo......
Envolto de almofadas.
Sob a luz cintilante
Adentrando o quarto
Vinda da janela
Céu Azul Natural.
Pespontado por Nuvens
Ora cinzentas, ora brancas
Enquadras ao sol
O Brilho agora Opaco.
Contraste da vida caseira
Que domina o ambiente
De um domingo sereno
De ares inertes.
Das cenas domésticas
Originárias da quietude...
O gato preto
Dorme preguiçosamente...
Davi “El Brujo®”
23/03/2008
Postado por Davi "El Brujo" às 20:01 0 comentários
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Concreto
Nas cercanias da urbe
Cinza cidade
De argento ar rarefeito.
Ares particulados
Da fumaça pairada dos veículos
Nas redondezas do cimento.
Periferia afrontada
De rostos sem expressão
Vermes adentram a terra.
Por sibilos térreos
Escuridão suburbana
Expelida de carbono.
Condenadas partículas
A impregnar, a impingir
Os corpos orgânicos.
O que era verde
Agora é negro
Tenta retornar ao seu espaço.
O que foi azul
Tinha vida contida
Turvo e carente de pureza.
O que foi natureza
Agora é humilhada
Mundo de Pedra e concreto.
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 19:50 0 comentários
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Metal
Vil influência
Do cinza metal
De mão a mão passado
Papel infiel
Trocadas a esmo
Por suas almas vendidas
Num círculo vicioso
De caráter corrompe-se
Do metal ao papel
Do níquel a cédula
Da prata ao ouro
Da vida a morte.
Davi “El Brujo®”
Postado por Davi "El Brujo" às 19:42 0 comentários
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Coreto
Coreto desolado
Da praça abandonada
Solitário nas luzes
Riscadas a paisagem
Em movimentos repentinos
Gradeados carcomidos
E os bancos opacos
Em aspereza cinza
De uma noite de outono
Sem estrelas, lamuriosas
Dos tempos antigos
Glórias saudosas
De acordes flutuantes
No ar aos ouvidos
De épocas melódicas
Davi “El Brujo®”
Postado por Davi "El Brujo" às 19:32 0 comentários
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Três
Incondicional é o meu amor
Ao seu bel prazer
Satisfazer suas vontades
Deixar de sentir o vazio e o tédio
De não só nos querermos
De eu não querer só o seu corpo
E você o meu
De gritar somente seu nome
E o mero desejo de só querer
Uma nefasta sensação.
Do imoral desejo
Injustiça de um amor
Ausência do ciúme
O capricho do desejo
Daquela novidade
Traidora de nossos corações
Uma real consternação
O susto da divisão
Mas quero você plena
Padecida da sua paixão
Permanência do desejo
Daqueles sonhos dúbios
Encharcados de desejo
Cumplicidade entre três
Eu e vocês.
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 19:28 0 comentários
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Um terço
Pelo amor a três
És cortejada por dois
Postos a seus pés
Diante de seu pedestal
Uma deusa nua
Tesa pelos olhares cálidos
E indecisão de qual amar
Olhares sensuais a três
E o seu beijo dividido
Mãos a percorrer-te
Num abraço total
Os membros a te adentrar
Em suas lacunas mais íntimas
Vêm e vão, frenéticos
Cortejo-te! divido-te!
Abraço-te!
Insiro-me em ti e gemes
Abraça-lhe!
Beija-lhe sua nuca e suspiras
Invadimos seu desejo
Com as nossas carícias
A seis mãos
Desejosos de prazer
Aplacando nossos desejos
E os corpos explorados
Invadidos por gozos
Chegam ao êxtase enfim
Em um terço entre dois terços.
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 19:07 0 comentários
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Espelho do Sol
Sou o sol ardente...
Simples de cara,
Nenhum coração,
escandalosamente nu
para saciar a tua tara,
acalmar sua paixão
em mim impregnada...
Transformarei-te em lua,
A brilhar tímida e raivosa
devassando meu intimo com furor,
Num beijo que arrasa, destrói...
Faz meu coração disparar
te invadir sem razão
em mim escancarado;
Somos fogo e inocência
queima-te sem perdão
não serei teu sol a brilhar
nem terei mais luar
só preciso que me acendas
e em minha indecência
Vou mostrar o meu sol.
Resplandecendo sobre você.
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 18:56 0 comentários
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Metamorfose
A Letra solitária
Num recanto iminente
Descrentemente isolada
É simples sinal gráfico
Sozinha neste papel
Apenas um sinal
Insignificância em branco
Na busca da combinação
Dos feixes de folhas
Alimentam-se brochuras
Vários sinais em resma
Vertentes dos grafites
Como lagartas em filas
Vagam em frases correntes
Empurrados nas linhas
Das pilhas de papel
Deste casulo de linhas
Repousam as frases
Transformadas em ideais
No rompimento borboleta
De asas coloridas
Uma Capa e Título
Das letras não solitárias
História e metamorfose
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 18:03 0 comentários
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segunda-feira, 2 de junho de 2008
Nuvens
Estive flertando com as nuvens
Deitado na areia da praia
Tive o anseio de liberdade
Senti a vastidão da terra
De sonhos onde brotam asas
Vôos a minha memória
Outrora eterna
Agora livre
De acasos ao sol
Que esquenta a terra
Que dá o seu brilho a lua
Que mexe com as marés
Do destino por acaso
De não importar qual lado
O mar me levará.
Davi "El Brujo™"
Postado por Davi "El Brujo" às 22:39 1 comentários
Marcadores: Poemas
Choram as Rosas (Crônica)
Ontem pela manhã, quando vi um jovem casal se abraçando aqui em frente da loja, lembrei de uma reportagem que havia lido num jornal ou revista dias atrás. Era sobre um outro casal, de agora já velhinhos, que estavam completando 50 anos de casamento. A família havia feito uma festa onde celebrava e testemunhava aquela relação como uma passagem feita de amor. Estendia-se a reportagem com o depoimento dos cônjuges, e a ilustrava uma foto onde se percebia a ternura no olhar de ambos.
Fiquei refletindo sobre o que somos...eu e você...
Quantos amores e romances começam, mas quantos seguem?
Quantos se resumem a um dia. Há aqueles de alguns meses, outros de uns poucos anos e alguns terminam depois de décadas. Mas alguns ficam e não perecem jamais. Passam as pessoas, consomem-se as vidas, mas nada termina aquela união. São dois corações que se fizeram um só, às vezes, se odiando e cada um do seu lado, separados mas ligados, amor oculto, amor ingrato ou simplesmente gostar....
Não nascemos para viver sozinhos, machuca a solidão. Precisamos de contato, amor, carinho, compreensão. Nos ressentimos se não temos amizades, apertos de mão, sorrisos e elogios. Bom ouvir “olás e ois”, “como vais?” “tudo bens”? Queremos um aconchego, precisamos de cumplicidade e de olhares de aprovação ou de crítica das pessoas que gostamos.
Parece ser bom namorar, diversas vezes até, conhecer novas pessoas. Amadurece, dá noções, pesos e medidas. Descobrem-se os limites, o que realmente se procura mas desde que seja real e não fantasias.
Mas é triste ver aqueles amores perenes, que se constituíram como projetos de vidas acabarem-se.
Alguns de forma rápida, intempestiva, como um vento que vem rápido e forte: resulta em rosas que restam despedaçadas pelo chão. Observo no meu quintal, aquela roseira, ora bela e carregada de flores, ora triste e no chão ao redor coberto de pétalas desprendidas do que um dia foram rosas...
Outros terminam aos poucos, vão esfriando devagar, até que não reste mais nada. Como rosas que perdem suas pétalas...uma de cada vez. Ás vezes até restam juntos, os outrora amados, mas agora sem mais cor, graça e calor.
Passam os tempos e enquanto o sol e a lua alternam-se no céu, como cúmplices, calados e impassíveis, testemunham que aqui na Terra, são muitas as vezes em que choram as rosas...
Davi "El Brujo™"
Postado por Davi "El Brujo" às 22:38 0 comentários
Marcadores: Crônicas
Sofro
Perfeito no eterno retorno
Nada faltou e aconteceu tudo
Erro trágico e entusiasmo
Pormenores biográficos irrepetíveis
repetidos ao milímetro
escondidos à espera de acontecer
Fiz algazarra e agora?
Não consigo dormir com o barulho
lúdico e menos sofrido
nada a ver com palavras
suas regras e passos de dança
Pedir licença
Daquilo de que escapamos
nos deparamos mais à frente
O sofrimento tem graça
e a história acontece
como tragédia
redunda-se como comédia,
que se repete tragicamente
Retalhando o passado
Em pedaços para não o viver de novo
e ele volta, mais nítido, incisivo
Achei que era capa e espada
Me tornei um palhaço
Achei que era um arqueiro
e sou o bobo da corte
Tem alguma graça
A graça que isto tem não se pode ficar pela graça
não há saída para fora do círculo
a volta ele está em chamas
nada ficou como antes
depois da farsa não se volta
não se refaz o percurso
não se sai do círculo
Deixei tudo a perder
e de nada serve o teatro
subtilmente encenado dos últimos anos
Se Deus está nos pormenores
Diabo está nos parêntesis
Há um momento a partir de qual o sofrimento visto de dentro
é uma tragédia insuportável
e visto de fora uma farsa abominável
Tenho que seguir quem me chama
A representação terminou
no sítio onde estou já nem há palco
estou fora do espaço do teatro
Acabou a corrida em que fugia de mim e do Diabo
Agora, tenho que tirar conclusões
agora chegou o tempo
agora já não tenho desculpa
agora continuo
Davi "El Brujo™"
Postado por Davi "El Brujo" às 22:36 0 comentários
Marcadores: Poemas
Desejos Despidos II
A noite despe-se,
Num sono triste, adormecido,
almas que choram,
Desvios de sons mudos,
Silêncios vivos,
No despir da noite permanece o vestir do dia...
O dia despe-se,
Tal e qual como eu sonhava,
Um vazio de minha alma tenta procurar o sorriso da tua
Mas não o encontra
A tristeza liberta um arrepio,
Lágrimas que choram fazem o rodopio...
Os olhares trocados entre tu e eu
Confundem-se em ilusões
Iludem-se em confusões,
Choram as desilusões
Corações respiram pulsações
Rápidas...Quentes...Calmas...
É a morte a chegar...
Morte do dia vida
da noite a se aproximar...
São desejos despidos...
Mas não temos como vesti-los.
Postado por Davi "El Brujo" às 22:36 0 comentários
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Amargura
Meu desespero
Tem ausência de teu sabor
Mas traio-me a te chamar
Tenho vontade de te amar
Não tenho você...
Mas o desejo devastador
Toma conta de meu corpo
Deixando-me louco
E da tua falta
Resta a amargura
De suplicar pelo seu corpo
E pela vontade de te amar
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 22:35 0 comentários
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Prostituído
Tenho a Insônia cruel
De ser traído pelo coração
Entreguei-me facilmente
Cedi aos seus desejos
Deu-me o dote da sedução
E poluí-me de seus sonhos
Da sua devassidão bebi
Do meu sabor provou
E você teve o que queria
Eu pedi, aceitei
Meu coração vadio
Agora vazio e perdido...
Não me entregue assim
Deu-me a dor da saudade
Maltratou, devassou
Fez o que queria de mim
Agora o que faço eu?
Tiraste o chão que piso!
Bandidamente foi embora
Deixou-me a ferida sangrando
O meu peito aberto dilacerado
Os desejos jogados
Como moedas na mesa
Prostituído por teu amor
Pagou-me com o abandono
Davi "El Brujo™"
Postado por Davi "El Brujo" às 22:34 0 comentários
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Alvo
Incompreendido
Não me vejo,
Não me escuto,
Sou eu Calado
Anônimo, mas?
Palavras gritadas
Perdidas na pauta
Temperadas de virgulas e pontos
Triladas de sentimentos
A mercê do meu mundo
Entre a minha mente
E minhas mãos
Floreiam o papel
Riscam sem medo
Sem nada esperar
Reservo-me, Sinto-me
Alvo de mim mesmo
Davi "El Brujo™"
Postado por Davi "El Brujo" às 22:33 0 comentários
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Remando
Desesperança é meu porto
Tomando conta de meu corpo,
Navegando pelas correntes
Em seu mar revolto
Nas suas sinuosas ondas
Com suas brilhantes espumas
È meu mundo irreal,
Navegar seu corpo
Remar contra sua correnteza
A lua no horizonte me da a direção
Náufrago nos meus desejos
Flutuar sem sentidos
Davi "El Brujo™"
A deriva da paixão
Impiedosa sua sensação,
Do meu corpo já tão carente,
Da minha nau entrego-me a você
Para afogar-me então
Na maré de seus beijos.
Postado por Davi "El Brujo" às 22:33 0 comentários
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Brio
Recebo da vida
Em morte vivida
Nas águas corridas
Das chuvas caídas
O sentimento sofrido
Reciclo da morte
Em vida perdida
No dia ensolarado
Da noite enluarada
A verdade da alma
Retrato da alma
Em espírito recato
Nas névoas suspensas
De gritos contidos
A agonia do silêncio
Ritos do corpo
Em ferida aberta
No coração sangrado
Do brio arrebanhado
A força para viver
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 22:32 0 comentários
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A pedra que rola
A pedra que rola
Nas águas correntes
Fluem inerentes ao destino
As gravidades sem tinos
Dos altos e baixos
De vida recente ressentes
Pelos destinos latentes
Nas minhas mãos reticentes
Nas vidas vividas sofridas
Nas árias das almas
Pelas brumas flutuantes
Em acordes atenuantes
Das raivas sentidas
De angústias enrustidas
Pelas dores esmaeces
De tempos oprimes
As gravidades sem tinos
Fluem inerentes ao destino
Nas águas correntes
A pedra que rola
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 22:31 0 comentários
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