Estás sem sono
Observas de olhos fechados
A luz dos raios e a chuva que cai
Tornam no relampear
A chuva e o trovão
Em desejo e fogo
Penumbras e breve visão
Notas-me em sombras e toques
Meu seu corpo seminu
Acalenta-se pelo seu
Invadirei a sua cama! obsceno
Desferirei palavras devassas
Em seu ouvido, suavemente
Sentirás o peso do meu corpo
Possuirei-te...
Entre gemidos e sussurros
As palavras devassas
Tornarão-se doces desejos
Seu corpo passivo se entregará
Está escuro! Tatearei,
Sentirei você na ponta dos meus dedos
Minhas mãos percorrerão seu corpo
No transformar do desejo, devassidão!
Em uma língua que percorrerá
Todos os seus mais íntimos espaços
Já não poderá se mover
Neste inebriante ritual
Beijos, Dedos e língua
Eletrizarão seu corpo,
O meu corpo se movimentará
A penetrar o seu
Saciando a sua fome de desejo
É tarde da noite
Quando a areia do tempo parece parar
Os desejos nos tornarão completos.
(Davi “El Brujo”)
domingo, 30 de novembro de 2008
Entrega
Postado por Davi "El Brujo" às 08:57 2 comentários
Marcadores: Poemas
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Nada
A Semente...
Que germina e cresce;
Cresce, cresce
Flores e frutos;
Caem...
Os nossos ossos,
E nosso ofício...
Descarnado sob o solo...
De sangue seco e
Nenhuma palavra sobre nós
Nada sobre o nosso amor
Inébrio...
Irrefreado...
Misterioso...
Silencioso...
Futuro contundente
De presente flexível
Passado sem tempo
Prazo de nosso amor
Minha dor fatal
Nada...
E a ausência de corpos
Nada restou...
Nada.
Nada apenas...
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 20:36 0 comentários
Marcadores: Poemas
Amor Covarde
Hoje me sinto quase de luto
Nem por mim, e nem por nada
A alegria de despertar era bela
Desfez-se impar silenciosamente calada
Numa madrugada desesperada
Linha tênue entre querer e poder
Quase viver e sobreviver a mim
Aos desejos contidos de um beijo
Não valida às frases trocadas
Os carinhos nascidos em nós
Em ódios e bem quereres
Nem por ninguém, nem por você
É o passado recente que agora queimas
Do desejo carente que agora aboles
É o medo sentido das verdades que sei
Daquilo que deixamos de viver
Desejei poder e querer tocar-te
Mas a covardia de amar por fios e freqüências
São as lacunas diárias entre nossas dimensões
Afasta-te de mim, e me torna órfão de nós
Sentimentos desconhecidos que atormentam
Que você não merecia,
E eu covardemente desejava merecer-te
Trazer-te uma boa noite por desejar-me
E encontrar-te ao amanhecer.
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 19:56 0 comentários
Marcadores: Poemas
domingo, 16 de novembro de 2008
Beijo Eletrônico
Envio meu beijo eletrônico
Não sabes o meu IP
Mas tenho seu endereço
Imagem difusa na tela
Beleza catódica na net
Espírito magnético na rede
Percorre na velocidade da luz
O caminho até você aí
Da caixa mágica ligada
Em fios plugados na parece
Córtex em dados binários
Circulação sanguínea
Em forma de eletricidade
Os pensamentos são hexadecimais
Algoritmo perfeito decifrado
Envio meu beijo eletrônico
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 19:14 0 comentários
terça-feira, 11 de novembro de 2008
"38" Special
“38” Special
Apontas para mim...
E eu olho fixo a ti
E eu vou desafiar-te
A proferir as suas palavras
Covardemente lançadas
Perfurantes como projéteis
É a esmo a sua alegria
E no seu sorriso remoto
Felicidade de alguns
É a tristeza de outros
Raio-x de revólver
E o disparo da bala
Calibre trinta e oito
Volta e meia o estampido
É o projétil em palavras
Ouço o seu zunido
Sinto seu impacto...
Mas sobreviverei
Embora queimado pelo chumbo
Ostentarei com orgulho
Minha invisível cicatriz
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 22:07 2 comentários
Marcadores: Poemas
Queda do Alto
Tal como Ícaro voei
Fiz as minhas asas nos braços
Agitei vigorosamente
E subi ao som dos ares
Em direção ao sol
Espectros refletidos
Enganosas cores espalhadas
Beleza demoníaca
Agora circundados
Em minha aura maligna
Desdém de minha confiança
E a queda do alto
Mas eu queria subir
Tocar o sol e fazer parte do seu brilho
Com a minha maneira de voar
Em minhas asas montadas
A vontade forjada em cera
Visão da vida pelo céu
E o desencanto aos Deuses
Do que era moldado
É disforme agora
Partículas pelo céu
As penas flutuam
Entre as gotas de cera
Pairam agora ilusórias
Em segundos existenciais
E nada a fazer, mesmo
Embora pudesse lamentar
Minha queda no infinito
Em meu vôo sem asas
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 07:02 1 comentários
Marcadores: Poemas
sábado, 8 de novembro de 2008
Natureza e Sangue (Reescrito)
Natureza e Sangue
É a lei da natureza que faz o mundo
O ar rarefeito em metros quadrados habitados
Eu respiro pelas veias do chão
Claro é o sangue da infusão
Escuro...
Planta que fabrica o ar
Sangue da ilusão
Ventrículos e o coração
Natureza corroída
Em seu pulmão poluído
Sem horizonte
O andar rápido pelas vias
E um pobre homem
Pela via aperta o passo
A chuva que se aproxima
Ao escutar trovões, ve a vida
E o sangue tinge o coração
Exposto agora, sangra então
Abre o peito e arranca-o
Criatura sem ação, sem coração
Cansou de sua atuação
Sufocou-se! Acabou o ar da vida
Pela falta de amor
Tornou-se poluído seu pulmão
Ar da ilusão
Fim dos tempos de mundos
Pelo vento que arranca os sonhos
E o brilho de ilusão ocultou-se de manhã
Matou as células da natureza
E o meu corpo machucado
Agora ferido pela dor
Necessita do plasma sujo
De poeira, de natureza e sangue.
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 08:56 0 comentários
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terça-feira, 4 de novembro de 2008
Névoa Noturna
Bastaria me beijar
Querer me abraçar
Tal como a morte
Implacável
Que não vê a cor
Da névoa noturna
Que encobrem os desejos
De seu corpo
Que não vê os sentimentos
De seu coração
Que não vê o brilho
Da lua sensual
Ofuscado sempre
pela névoa noturna...
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 23:02 0 comentários
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