quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Versos nem Prosas



Versos nem prosas
De vidas privadas
Quase ceifadas em químicas

Reservadas ao exílio
De uma aridez de concreto
As vidas separadas

Restos de família
Espalhadas pelo asfalto
Outrora desfeitas

Observadas na solidão
De uma fria marquise
Envoltos em seus trapos

Agora em seu mundo urbano
Norteada de sua origem
Desprezada esperança perdida

O ar seco e o sol doente
Sentadas na guia eu vejo
Crianças no pó e na lama

De suas breves existências
Bárbaros seres tristes
Ignorados aos olhares da rua

Batalhão de estranhos
Incógnitos e ilibados
Por versos nem prosas.


Davi “El Brujo™” 21-08-2008.

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