Versos nem prosas
De vidas privadas
Quase ceifadas em químicas
Reservadas ao exílio
De uma aridez de concreto
As vidas separadas
Restos de família
Espalhadas pelo asfalto
Outrora desfeitas
Observadas na solidão
De uma fria marquise
Envoltos em seus trapos
Agora em seu mundo urbano
Norteada de sua origem
Desprezada esperança perdida
O ar seco e o sol doente
Sentadas na guia eu vejo
Crianças no pó e na lama
De suas breves existências
Bárbaros seres tristes
Ignorados aos olhares da rua
Batalhão de estranhos
Incógnitos e ilibados
Por versos nem prosas.
Davi “El Brujo™” 21-08-2008.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Versos nem Prosas
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