E na minha leve ausência
Mero combustível parafínico
Alimenta uma chama
Em forma de saudade
O pavio, enquanto consumido.
Particula no ar a sua essência
E a existência do meu espírito
Estarei então de volta
Embora eu jamais tenha
Um dia sequer, saído daqui.
Davi “El Brujo™” 30-09-2008
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Breve Ausência
Postado por Davi "El Brujo" às 20:15 0 comentários
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segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Für Elise (Dicionário)
No balanço dos tempos
Em sentimentos descrevi
No dicionário, letras de A a Z
Esperei pelas horas da vida não viva
Dilacerada ao dia resisti
Entorpecido sangra meu peito
Agonia entre o Rosa e o Azul
Regras insanas de saber quem sou
De sentir quem tu és
E mais uma vez ressurgir das cinzas
Calcinada de amores regressos
Destinadas a nova chama de vida
No balanço do relógio
Em palavras descrevi
No dicionário, sentimentos de A a Z
Davi “El Brujo™” 20-09-2008
Postado por Davi "El Brujo" às 20:22 0 comentários
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Poeira e Fumaça
Da poeira e da fumaça
Fez-se o meu novo mundo
Confinada em textos obliquos
Concisa em versos transados
Exilado em cimentos e suas pedras
No frio piso da urbe desvairada
Na cinza selva, estéril
Devora ferozmente o solo
Do tempo desprezado
Dos espíritos que o rodeiam
Em desespero e esperança
Craqueados pela sua indecisão
Rouba-me a cor da pureza
Pragmática indecência
Desafiada ao torpor matinal
De um novo dia de pó e fumaça.
Davi “El Brujo™” 22-08-2008
Postado por Davi "El Brujo" às 19:25 0 comentários
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segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Perversa
De pé contra o muro
Com os olhos fechados
Perdi-me nas curvas do mundo
Da realidade dos homens
Acreditei com esperança
De ter a alma livre
Entre as sombras da morte
Sobreviver por mim
Mas sofrer por você
É meu destino indecoroso
Cínico do meu rancor
Breve egoísmo centrado
Daquela falsa felicidade
Expressa em meu sorriso
Mas ainda assim perversa.
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 19:03 0 comentários
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quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Versos nem Prosas
Versos nem prosas
De vidas privadas
Quase ceifadas em químicas
Reservadas ao exílio
De uma aridez de concreto
As vidas separadas
Restos de família
Espalhadas pelo asfalto
Outrora desfeitas
Observadas na solidão
De uma fria marquise
Envoltos em seus trapos
Agora em seu mundo urbano
Norteada de sua origem
Desprezada esperança perdida
O ar seco e o sol doente
Sentadas na guia eu vejo
Crianças no pó e na lama
De suas breves existências
Bárbaros seres tristes
Ignorados aos olhares da rua
Batalhão de estranhos
Incógnitos e ilibados
Por versos nem prosas.
Davi “El Brujo™” 21-08-2008.
Postado por Davi "El Brujo" às 16:26 0 comentários
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quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Sem título e Sem Sentido (Reescrito)
Intraduzíveis,
Inaudíveis e invisíveis...
Como a mim mesmo!
Calam-se na insignificância
De meu anonimato;
Palavras mortas no meio do percurso;
Mas eu não sei o que você gostaria de ler!
Muitas vezes por pura preguiça, outras por egoísmo.
Existe um longo caminho
Que nem sempre sou capaz de percorrer
Neste mundo pequeno
Que se forma entre a minha mente e meus dedos
E neles me perco sem medo
E sem expectativas
Ninguém é capaz de senti-los
Além de mim mesmo
Intraduzíveis,
Inaudíveis e invisíveis...
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 14:41 1 comentários
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quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Solitário e Urbano
Solidão do diesel...
Fumaça difusa
E a cidade cinza
Furtacor do abandono
Estou em todos lugares
E ao mesmo tempo solitário
Solidão de cinzas
Espigões difusos
Cidade do diesel
Solitário e Urbano
Davi “El Brujo™”
Postado por Davi "El Brujo" às 17:44 0 comentários
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Sorriso
Ajuda-me! Solidão,
Na escuridão da noite,
Na frieza do luar,
Devastador é o teu silêncio,
Rouba mais uma vez
O meu sorriso.
(Davi "El brujo")
Postado por Davi "El Brujo" às 17:42 0 comentários